Mas o que me chamou atenção neste final de novela específico, é que o grande vilão da história vai se dar bem no final - e com o apoio do grande público. Eu sempre fui muito radical em termos de querer ver quem age mal se dar mal. E fico angustiada quando acontece o contrário.
Ás vezes penso que sou dura demais em meus julgamentos, mas creio que é tudo uma questão de princípios, de formação, de caráter. E essa mudança toda nos valores da sociedade me fazem sentir um misto de impotência com sensação de ser um ET, estar completamente fora da realidade.
Tenho visto, no dia-a-dia situações em que tenho vontade de "oferecer a recompensa devida" (entenda-se bater com um gato morto até o gato miar) - para não usar a palavra "punir" ou seus correlatos "castigar", "disciplinar", etc - e é a mesma sensação. Será que sou eu que estou errada, e o mundo todo está certo? Ou será que parei no tempo, num tempo em que existia o certo e o errado, o bem e o mal, o bom e o ruim?
Desde ontem tenho presenciado cenas que me entristecem, me amedrontam, me deixam assustada... e tenho vontade de tomar uma atitude drástica, mas ao mesmo tempo penso que preciso me adequar a esta "nova realidade", a este mundo onde cão come cão, e se quiser sobreviver ou me finjo de morta ou entro na dança. É, não me peçam explicações, mas a coisa tá preta.
E pensando no final da novela, não sei se a vida imita a arte, ou se a arte é só um desenho da vida.
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